Curso EFA de modelista de vestuário
Relatório do estágio
No início foi um bocado difícil de me adaptar aos diferentes métodos de trabalho. Numa empresa o processo tem de ser muito mais prático, para haver maior rapidez e eficácia a fim de facilitar a produção ter um bom ritmo de trabalho.
A primeira coisa que comecei a fazer foi cortar amostras. Na escola colocava alfinetes enquanto no estágio se coloca o molde em cima do tecido e se risca á volta do molde. Outra das diferenças com que me deparei foi que os moldes das peças que levam entretela, como punhos, golas e pés de gola… se fazem com a medida exata, ou seja sem valores de costura, pois esse molde serve para a entretela, enquanto para o tecido não se faz molde, corta-se a “olho” pela entretela acrescentando uma margem considerável (mais de 1 cm), depois a entretela é colada no tecido, coze-se á beira e por fora da entretela e por fim apara-se algum do excesso de tecido.
Depois de muitos dias a cortar amostras comecei finalmente a fazer moldes. Deram-me uma tabela com medidas que a camisa tinha de ter depois de pronta, essas medidas que tinha para me guiar eram muito diferentes das medidas de referência que tinha aprendido em modelação, a cava era medida na diagonal, o colarinho era medido em linha reta desde a casa até ao botão, não tinha altura das cavas, logo eu própria tive de ter uma noção do local onde se poderiam localizar mais ou menos. Por fim a camisa foi também cortada por mim e fui para a parte da costura acompanhar todo o processo de confeção para ver se tinha algum erro ou alguma coisa no modelo que fosse possível melhorar em modelação para haver mais facilidade na confeção. No fim a camisa ficou com alguns valores um pouco maiores daqueles que eram pedidos na tabela, nomeadamente 1,5cm da largura de peito, cintura e ancas. Retifiquei o molde e fiz a gradação do S ao XXL. Outra das coisas que fiz foi fazer medidas que consiste em a partir da camisa de um cliente fazer o molde exatamente igual e com as mesmas medidas. Retirei as medidas que foram necessárias e fiz o molde. As medidas estavam corretas no entanto depois de montar o molde em papel, como aprendi lá, não ficava a assentar bem, pois ele tem de ficar “espalmado” e meio costas a bater com meio frente, logo o erro estava na inclinação e no decote o escapulário.
Estive também cerca de uma semana na parte da confeção a fazer algumas coisas fáceis e a fazer uma camisa do início ao fim. Por ultimo comecei a cortar á mão planos de corte, imprimidos na plotter, com o máximo de 4 folhas de tecido
Em suma, apesar das dificuldades iniciais gostei muito de aprender diversas coisas novas, adorei o espaço da empresa, que apesar de não ser um espaço muito grande é agradável e acolhedor, tal como as pessoas, e noto que não é um curso que faz a diferença, mas sim o gosto, a prática e os anos de experiência e treino que fazem com que pessoas que lá trabalham a pesar de não terem o curso de modelistas me tenham tanto para ensinar, e eu como é obvio estou sempre interessada e disposta a aprender mais. Gostei mesmo desta experiência e adorava mesmo lá ficar a trabalhar, pois acabei por me afeiçoar as pessoas, ao espaço e as métodos de trabalho, pois já noto uma grande Auto evolução ao fim de um mês e sei que se me derem a oportunidade de ficar na empresa, vou dar todo o meu melhor e mostrar que esta profissão e mesmo uma paixão para mim, e quando se ama o que se faz procurasse ser sempre melhor dia após dia.
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